
Com base em autores como Jenkins, Toffler e Bortholuzzi, pesquisei, a partir de teorias do campo da comunicação, como os fãs de Taylor Swift deixaram de ser apenas consumidores para se tornarem prosumers — participando ativamente da construção comunicacional da artista.
Jenkins propõe a ideia de cultura participativa, em que os públicos não ficam mais só na plateia: eles participam, remixam, comentam, viralizam. Já a cultura da convergência mistura diferentes plataformas e práticas — memes no TikTok, discursos replicados no X, bastidores no Instagram — tudo junto, tudo agora.
Toffler, ainda nos anos 1980, já havia previsto esse comportamento ao cunhar o termo prosumer: uma fusão entre consumidor e produtor. Na prática, o fã compra um álbum — mas também posta vídeos, teoriza, cria hashtags e movimenta a indústria. Bortholuzzi complementa mostrando como esses processos também constroem laços afetivos e identitários: o fandom é, ao mesmo tempo, mercado e comunidade.
A pesquisa mostra como os Swifties não são apenas público — são peças ativas no jogo. Eles divulgam, defendem e até ajudam a planejar o sucesso da cantora. O Grammy de 2024 é um exemplo, Taylor agradeceu diretamente aos fãs e anunciou um novo álbum. Em minutos, o nome dela já era trending topic.
Na era digital, cantores e fãs formam alianças criativas e estratégicas. E Taylor Swift é um case disso: uma artista feita por muitas mãos, vozes e timelines.




